CANCRO DO COLO DO ÚTERO EM ANGOLA: CASOS DE LUANDA E BENGO

Autores

  • Edson Joaquim Mayer Alfredo Estudante do Mestrado de Epidemiologia de Campo e Laboratorial, Faculdade de Medicina, Universidade Agostinho Neto
  • Ema C. Branco Fernandes Departamento de Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola.
  • Emanuel Catumbela Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina, Universidade Agostinho Neto
  • Adão Paulo Campos Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Medicina, Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola

DOI:

https://doi.org/10.70360/rccse..v.54

Palavras-chave:

Cancro Cervical, Prevalência, Lesões Precursoras, Rastreio

Resumo

Introdução: A magnitude do cancro cervical (CC) é desconhecida em Angola. Os dados reportados pelo IACC entre os anos 2007 e 2011, colocam o CC na segunda posição, com uma prevalência estimada em 16,5%. Este estudo teve como objectivo identificar a prevalência de lesões precursoras e de CC em mulheres em idade reprodutiva submetidas ao rastreio.
Metodologia: Estudo observacional, descritivo, transversal, sobre rastreio de CC em Luanda (Maternidade Lucrécia Paím e Instituto Nacional de Controlo do Cancro e em Caxito, Bengo, Angola, entre os anos de 2012 e 2014. Variáveis: sociodemográficas, vida reprodutiva e sexual. Para a análise descritiva dos dados foi usado o Epi info, versão 3.2.5.
Resultados: A prevalência de lesões foi de 31.7% (743/2341) em 2.341 processos analisados, distribuídas em 527 (23%) lesão de baixo grau, 204 (9%) lesão de alto grau, 12 (1%) cancro invasivo. A média de idade das mulheres foi de 40.8±11 anos, 1026 (44%) eram analfabetas ou com o ensino primário feito, 1337 (57%), com primeiro acto sexual entre os 14 e 17 anos, 51 (13%) referiram ter quatro ou mais parceiros prévios e 1058 (44%) com 5 a 10 gestações.
Conclusão: A prevalência de lesões precursoras do CC é alta na população estudada. Medidas educativas massivas sobre a doença devem ser implementadas, associadas a programas de rastreio sistemáticos que garantam a detecção precoce de lesões precursoras, tratamento oportuno e seguimento das mulheres com a doença em estádio avançado.

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Publicado

15-10-2017

Como Citar

Alfredo, E. J. M., Fernandes, E. C. B., Catumbela, E., & Campos, A. P. (2017). CANCRO DO COLO DO ÚTERO EM ANGOLA: CASOS DE LUANDA E BENGO. Revista Científica Da Clínica Sagrada Esperança, (NÚMERO 7. ANO 9. OUTUBRO 2017), 21–26. https://doi.org/10.70360/rccse.v.54

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