Percepção dos Enfermeiros sobre o Processo de Avaliação de Desempenho na Clínica Sagrada Esperança - Luanda
DOI:
https://doi.org/10.70360/rccse..v.28Palavras-chave:
Enfermagem, Avaliação de Desempenho, PercepçãoResumo
INTRODUÇÃO: A gestão do desempenho profissional tem efeitos significativos sobre os resultados do trabalho, mas o sucesso ou insucesso do processo de avaliação está relacionado com a consciencialização e valorização do trabalhador sobre a importância da sua avaliação e do seu desempenho. O presente estudo foi elaborado com o objectivo de analisar a percepção dos enfermeiros do serviço de internamento da Clínica Sagrada Esperança sobre o processo de avaliação de desempenho.
METODOLOGIA: Os dados foram recolhidos no serviço de internamento (masculino e feminino), através da aplicação de um inquérito por questionário validado por Brahm e Magalhães. Foi obtida uma amostra por conveniência e incluídos os enfermeiros que aceitaram participar no estudo de forma voluntária e que estiveram disponíveis nos dias em que a investigadora esteve no Serviço de internamento de adultos. Foram excluídos os formulários com preenchimento abaixo de 50% dos itens.
RESULTADOS: Foram inquiridos 17 enfermeiros do serviço de internamento, sendo 10 (59%) mulheres; 8 (47%) casados; 10 (59%) licenciados; 7 (41%) com tempo de serviço entre 5 e 10 anos; 9 (53%) colaboradores e 10 (59%) com 6 meses decorridos desde a última avaliação. Quanto à sua percepção da avaliação, 10 (59%) referiram ter percebido uma atitude de diálogo durante a avaliação, 7 (41%) afirmaram que foram destacados os aspectos positivos e negativos, e 9 (53%) referiram terem tido um sentimento de tranquilidade durante a avaliação. Quanto ao nível de satisfação, 11 (65%) disseram estar satisfeitos com o avaliador, 12 (70%) satisfeitos com o instrumento de avaliação e 11 (65%) referiram que o objectivo do processo de avaliação é o desenvolvimento profissional.
CONCLUSÕES: Apesar de haver uma percepção maioritariamente positiva dos enfermeiros para com o processo, instrumento e avaliador na avaliação de desempenho há, todavia, uma franja importante que tem opinião contrária, tornando-se por isso necessário realizar um estudo qualitativo para identificar as razões que estão na base desta percepção
Referências
(1) LEITE, Maria Madalena Januário; PEREIRA, Luciane Lúcio; KURCGANT, P. Educação continuada em enfermagem. Kurcgant P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991, 147-63.
(2) MADALENA, Maria, et al. Análise do instrumento utilizado no processo de avaliação de desempenho da equipa de enfermagem do Hospital Universitário da USP. 1997.
(3) PIMENTEL, MHCR. Qualidade de vida no trabalho: concepções e práticas adotadas em empresas do pólo petroquímico de Camaçari. 2003.
(4) ODELIUS, Catarina Cecília; SANTOS, Paulo Ricardo Godoy dos. Avaliação de desempenho individual na administração pública federal: aspectos intervenientes no processo e nos resultados. Revista Economia e Gestão, 2007, 7: 15.
(5) CALDANA, Graziela, et al. Indicadores de desempenho em serviço de enfermagem hospitalar: revisão integrativa. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste-Rev Rene, 2011, 12.1.
(6) CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. Atica, 1979.
(7) CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. Makron, 1994.
(8) SANTOS, Paulo RG; ODELIUS, C. Avaliação de desempenho no contexto da administração pública federal directa: aspectos determinantes de sua efectividade. In: X Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Santiago, Chile. 2005.
(9) CARAPETO, António Carlos Caeiro; DE JESUS FONSECA, Maria de Fátima. Administração pública: modernização, qualidade e inovação. 2006.
(10) PHILADELPHO, Patrícia Bento Gonçalves; MACÊDO, Kátia Barbosa. Avaliação de desempenho como um instrumento de poder na gestão de pessoas. Aletheia, 2007, 26: 27-40.
(11) BALBUENO, Edméia Assini; NOZAWA, Márcia Regina. Survey of types of repercussions as a result of performance evaluation in hospital nursing. Revista latino-americana de enfermagem, 2004, 12.1: 58-64.
(12) BRAHM, Marise Márcia These; MAGALHÃES, Ana Maria Muller de. Opinião da equipa de enfermagem sobre o processo de avaliação de desempenho. Acta Paul Enferm, 2007, 20.4: 415-21.
(13) PEDUZZI, Marina; ANSELMI, Maria Luiza. O Auxiliar e o Técnico de Enfermagem: categorias profissionais diferentes e trabalhos equivalentes. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília-DF, 2004, 57.4: 425-429.
(14) CHAVES, Enaura Brandäo; MAGALHÄES, Ana Maria M. Avaliando a avaliaçäo de dempenho na prática de enfermeiros. Rev. gauch. enferm, 1996, 17.2: 115-323.
(15) ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil-2. McGraw-Hill, 2014
(16) DE LARA, Janayna Formosi; DA SILVA, Marlene Bühler. Avaliação de desempenho no modelo de gestão por competências: uma experiência de utilização. 2004.
(17) KURCGANT, Paulina. Administraçäo em enfermagem. In: Administraçäo em enfermagem. EPU, 1991.
(18) VIEIRA, Ana Paula Mirarchi; KURCGANT, Paulina. Indicadores de qualidade no gerenciamento de recursos humanos em enfermagem: elementos constitutivos segundo percepção de enfermeiros. Acta paul enferm, 2010, 23.1: 11-5.
(19) CORREIA, Eloisa. Avaliação de Desempenho nas Organizações: Estudo de caso BCA. 2008.
(20) BRANDÃO, Hugo Pena; GUIMARÃES, T. de A. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto. RAE, 2001, 41.1: 9
(21) OLIVEIRA, Maria de Fátima Jorge. Gestao de recursos humanos e ética num contexto de inovaçao tecnológica. Análise comparativa entre dois contextos culturais diferenciados. In: Conocimiento, innovación y emprendedores: camino al futuro. Universidad de La Rioja, 2007. p. 117
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Revista Científica da Clínica Sagrada Esperança
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.