PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL NA UNIDADE DE CUIDADOS DIFERENCIADOS DA CLINICA SAGRADA ESPERANÇA

PREVALENCE OF NOSOCOMIAL INFECTION IN A CRITICAL CARE UNIT OF SAGRADA ESPERANÇA CLINIC IN LUANDA

Autores

  • Fortunato Silva Hospital Américo Boavida

Palavras-chave:

Infecção Nosocomial, Cuidados Intensivos, Taxa de infecção, Taxa de incidência e Letalidade

Resumo

Devido à relevância do problema da Infecção Nosocomial em Unidades de Cuidados Intensivos fez-se um estudo prospectivo para caracterizar a infecção nosocomial (IN), avaliar o impacto destas infecções na morbimortalidade de uma Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente,  analisando as taxas de IN, calcular a mortalidade associada à IN e verificar os agentes etiológicos prevalentes nas IN da unidade. O estudo teve a duração de 6 meses (1 de Agosto de 2002 a 31 de Janeiro de 2003) durante o qual foram internados na UCI 187 doentes. Constituíram objecto do nosso estudo apenas 115 doentes (61,5 %). A Taxa de Infecção Nosocomial foi de 11,3%. A infecção nosocomial mais frequente foi a PNEUMONIA com 7 casos (53.8 %), seguida pela SÉPSIS (30.8%) e INFECÇÃO URINÁRIA com 15.4 %. A Taxa de incidência foi de 10.9‰ na Pneumonia  seguida pela Sépsis com 6.3‰ e  Infecção Urinária com 3.1‰. A média de estadia dos doentes com IN foi de 9.2 dias (dp = 5.6 ) aumentando em 5.25 dias o tempo médio de estadia dos doentes sem infecção nosocomial (p = 0.09). Os principais agentes isolados foram as bactérias gram negativas (Escherichia Coli e Proteus)  seguindo-se o   Staphilococus Aureus. Os doentes com Infecção Nosocomial apresentaram letalidade significativamente maior que os doentes sem infecção (p=0,19). O conhecimento da epidemiologia local das infecções nosocomiais é fundamental para que medidas de controle possam ser adoptadas com objectivo de reduzir a sua morbimortalidade

Referências

(1) Horan TC, White J W, Jarvis W R - Nosocomial Infection Surveillance. 1986, 35 (SS – 1); 17 – 29

(2) Mayon-White RT et al – International Survey of the prevalence of Hospital Infections – J. Hosp. Infect. 11 (Supl. A) 1988: 43-48

(3) Garner JS et al. – CDC definitions for Nosocomial Infections. American Journal of Infection Control 1988; 16 (3): 128 – 40

(4) Knobell, Elias – Condutas no doente grave.Editora Ateneu 1994; 59: 749 – 54

(5) Pina, Elaine – Infecções Nosocomiais e Práticas de Prevenção nas Unidades de Cuidados Intensivos – Fase A do estudo EURO-NIS – Revista Portuguesa de Medicina Intensiva, 1995 ; 5 : 11 – 14

(6) Pérez CM, Septien GF, Garcel HG – Prevalência pontual de Infección Nosocomial, Revista cubana de Enferm. 2001; 17 (2) : 84 – 89

(7) Richard MJ, Edwards JR, Culver HD – Nosocomial Infection in combined medical-surgical intensive care units in USA – Infect. Control Hospit. Epidemiol. 2000 Aug. 21 (8): 510 – 5

(8) Gerard CS – Infection in the Critical care unit. Intensive Care Medicine 1985; 11: 284 – 7

(9) X Conferência de Consenso da Sociedade de Reanimação de Língua Francesa – Infecções ligadas aos catéteres V. Centrais em Cuidados Intensivos – Revista Portuguesa de Medicina Intensiva 1995; 5 : 15-8

(10) Peña C, Pujol M, Pallarés R – Estimación del coste atribuible a la infection nosocomial : Prolongación de la estância hospitalária e cálculos del coste alternativo – MULTIMED 1997 1 (2) : 97 –9

(11) Green MS, Rubinstein E, Amit P – Estimation the effects of nosocomial infections on the length of hospitalisation – J. Infect. Dis. 1982; 145 : 667 –72

(12) Knauss W et al – APACHE II – A severity of disease classification system for acutely ill patients – Critical Care Medicine 198 ; 13 : 818

(13) Vargas MC, Alvaréz –Lemma F, Salvador M – Bacteriémias en um servicio de Medicina Intensiva CIMC 1999

(14) Fonseca AB – Papel do Laboratório de Microbiologia nas Unidades de Cuidados Intensivos – CIMC 2000; Cursos (4) : 1- 10

Downloads

Publicado

15-08-2007

Como Citar

Silva, F. (2007). PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL NA UNIDADE DE CUIDADOS DIFERENCIADOS DA CLINICA SAGRADA ESPERANÇA: PREVALENCE OF NOSOCOMIAL INFECTION IN A CRITICAL CARE UNIT OF SAGRADA ESPERANÇA CLINIC IN LUANDA. Revista Científica Da Clínica Sagrada Esperança, (NÚMERO 1. ANO 1. AGOSTO 2007), 22–27. Obtido de https://revistacientificacse.ao/index.php/revista/article/view/89