PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL NA UNIDADE DE CUIDADOS DIFERENCIADOS DA CLINICA SAGRADA ESPERANÇA
PREVALENCE OF NOSOCOMIAL INFECTION IN A CRITICAL CARE UNIT OF SAGRADA ESPERANÇA CLINIC IN LUANDA
DOI:
https://doi.org/10.70360/rccse..v.89Palavras-chave:
Infecção Nosocomial, Cuidados Intensivos, Taxa de infecção, Taxa de incidência e LetalidadeResumo
Devido à relevância do problema da Infecção Nosocomial em Unidades de Cuidados Intensivos fez-se um estudo prospectivo para caracterizar a infecção nosocomial (IN), avaliar o impacto destas infecções na morbimortalidade de uma Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente, analisando as taxas de IN, calcular a mortalidade associada à IN e verificar os agentes etiológicos prevalentes nas IN da unidade. O estudo teve a duração de 6 meses (1 de Agosto de 2002 a 31 de Janeiro de 2003) durante o qual foram internados na UCI 187 doentes. Constituíram objecto do nosso estudo apenas 115 doentes (61,5 %). A Taxa de Infecção Nosocomial foi de 11,3%. A infecção nosocomial mais frequente foi a PNEUMONIA com 7 casos (53.8 %), seguida pela SÉPSIS (30.8%) e INFECÇÃO URINÁRIA com 15.4 %. A Taxa de incidência foi de 10.9‰ na Pneumonia seguida pela Sépsis com 6.3‰ e Infecção Urinária com 3.1‰. A média de estadia dos doentes com IN foi de 9.2 dias (dp = 5.6 ) aumentando em 5.25 dias o tempo médio de estadia dos doentes sem infecção nosocomial (p = 0.09). Os principais agentes isolados foram as bactérias gram negativas (Escherichia Coli e Proteus) seguindo-se o Staphilococus Aureus. Os doentes com Infecção Nosocomial apresentaram letalidade significativamente maior que os doentes sem infecção (p=0,19). O conhecimento da epidemiologia local das infecções nosocomiais é fundamental para que medidas de controle possam ser adoptadas com objectivo de reduzir a sua morbimortalidade
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