As Normas De Orientação Clínica (Clinical Practice Guidelines) Elaboração, Disseminação e Implementação

Autores

  • António Vaz Carneiro Centro Colaborador Português da Rede Cochrane Iberoamericana; Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Portuga; Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência

Palavras-chave:

normas de orientação clínica, medicina baseada na evidência, qualidade em saúde, prática clínica, políticas de saúde, gestão em saúde

Resumo

Uma Norma de Orientação Clínica (NOC) é um instrumento com um conjunto de recomendações clínicas que se destinam a optimizar os cuidados de saúde, baseadas em revisões sistemáticas da evidência científica e com avaliação dos benefícios e danos potenciais das alternativas de cuidados que estão disponíveis. Para além disso, pode ainda servir de base a decisões de gestão ou mesmo de política de saúde.
Em termos práticos, os passos necessários para que uma NOC possa desempenhar o seu papel incluem: em 1º lugar, a sua elaboração, baseada na melhor evidência científica disponível; em 2º lugar, a sua eficaz disseminação dentro do sistema de saúde; em 3º lugar, a sua global implementação e, finalmente, a auditoria do seu impacto na prática.
Neste artigo procurou-se apresentar e discutir os diversos passos de uma correcta abordagem desta área tão importante na melhoria da qualidade em saúde, em sistemas de saúde modernos.

Referências

(1) Roque A, Bugalho A, Carneiro AV. Manual de elaboração, disseminação e implementação de normas de orientação clínica. 1st ed. Lisboa: FML; 2007.

(2) Michie S, Johnston M. Changing clinical behaviour by making guidelines specific. BMJ 2004; 328:343-345.

(3) De Brún C, Pearce-Smith N. Searching skills toolkit. 1 ed. Chichester: Wiley Blackwell Bmj Books; 2014.

(4) Fletcher RH, Fletcher SW. Clinical epidemiology. 5th ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins; 2014.

(5) Carneiro AV. A Cardiologia baseada na evidência científica: princípios e prática. Rev Port Cardiol 2000; 19:911-919.

(6) Straus SE, Glasziou P, Richardson WS, Haynes RB. Evidence-Based Medicine. 4th ed. Edinburgh: Churchill Livingstone; 2011.

(7) User’s Guides to the Medical Literature. 2nd ed. New York: McGraw-Hill; 2008.

(8) Guyatt GH, Oxman AD, Vist GE, Kunz R, Falck-Ytter Y, Alonso-Coello P et al. GRADE: an emerging consensus on rating quality of evidence and strength of recommendations. BMJ 2008; 336:924-926.

(9) Shiffman RN, Dixon J, Brandt C, Essaihi A, Hsiao A, Michel G et al. The GuideLine Implementability Appraisal (GLIA): development of an instrument to identify obstacles to guideline implementation. BMC Med Inform Decis Mak 2005; 5:23.

(10) Eccles MP, Grimshaw JM, Shekelle P, Schunemann HJ, Woolf S. Developing clinical practice guidelines: target audiences, identifying topics for guidelines, guideline group composition and functioning and conflicts of interest. Implement Sci 2012; 7:60. doi: 10.1186/1748-5908-7-60.:60-67.

(11) Qaseem A, Snow V, Owens DK, Shekelle P. The development of clinical practice guidelines and guidance statements of the American College of Physicians: summary of methods. Ann Int Med 2010; 153:194-199.

(12) Tricoci P, Allen JM, Kramer JM, Califf RM, Smith SC, Jr. Scientific evidence underlying the ACC/AHA clinical practice guidelines. JAMA 2009; 301:831-841.

(13) Davis D, Goldman J, Palda VA. Handbook on clinical practice guidelines. 1 ed. Ottawa: CMA; 2007.

(14) Pope C, Mays N, Popay J. Synthesizing qualitative and quantitative health evidence. 1 ed. London: McGraw-Hill; 2007

Downloads

Publicado

15-04-2015

Como Citar

Vaz Carneiro, A. (2015). As Normas De Orientação Clínica (Clinical Practice Guidelines) Elaboração, Disseminação e Implementação. Revista Científica Da Clínica Sagrada Esperança, (NÚMERO 4. ANO 8. ABRIL 2016), 12–22. Obtido de https://revistacientificacse.ao/index.php/revista/article/view/26